TÁ RINDO DO QUÊ?


Rolling Stone solta especial humor
Edição de dezembro fala do humor brasileiro, que hoje aposta na cara-de-pau e na piada escrachada






Humoristas brasileiros usam a cara-de-pau como arma, satirizam a vida real e se apóiam em fórmulas clássicas que garantem a boa piada. A TV vive um novo escracho, mas continua a reverenciar os grandes mestres

Confira abaixo um trecho da matéria

O SENHOR DO IMPROVISO


Marcelo Adnet se recusa a fazer humor do mau humor e quer seus 15 minutos de praia

Por Marcelo Ferla

Os engraçadinhos de plantão continuam fazendo piada sobre o caos aéreo, mas receber às 21h30min o cara que esperei desde às 18h no aeroporto de Congonhas não teve graça nenhuma. Vítima de um atraso mal explicado, ele chegou de bermuda, tênis e camiseta com a estampa de Gérson, ídolo do seu Botafogo. Ocupado ao celular, ergueu as vistosas sobrancelhas para sinalizar ter entendido que era eu o desconhecido que iria recebê-lo, levá-lo à MTV, e depois para um estúdio fotográfico, e mais tarde para o pernoite em Santo André - eu também haveria de entrevistá-lo naquela quinta, em algum momento entre o assédio das fãs, a sessão de fotos e os afagos da namorada, Dani Calabresa, comediante de stand-ups e jurada do Quinta Categoria, programa que o teria como convidado naquela noite.

Marcelo Adnet estava cumprindo a quinta ponte aérea Rio-São Paulo da semana. As cenas dos próximos capítulos não seriam menos intensas: na sexta, ia gravar seu programa na MTV e participar do stand-up Comédia ao Vivo, em São Paulo; no sábado voltaria ao Rio para uma reunião e, à noite, se apresentaria na peça Advocacia Segundo os Irmãos Marx, que também teria sessão no domingo, depois de participar de um evento em São Paulo, para onde voltaria na segunda. "Tô sentindo falta de coisas como tomar sol e dar um mergulho no mar. Não tem um dia em que não tenha de ser engraçado, e apesar de meu humor ser espontâneo, é bom ter tempo para organizá-lo", conta o carioca de 27 anos, especialista em imitações, improvisações e paródias musicais, que roubou a cena no último Video Music Brasil, tradicional premiação da MTV, e que tem sentido os efeitos da merecida fama que nunca almejou.

A vida em fast forward do morador do bairro Humaitá, no Rio de Janeiro, filho de pai músico e mãe figurinista, jornalista formado na PUC, revela uma infância típica de praia-Carnaval-futebol, ótimas notas na escola e peculiar rebeldia adolescente traduzida em lições de russo, jogos de xadrez, estudos de astronomia e a mania de imitar pessoas - "mais por esquizofrenia do que por palhaçada". Na faculdade, ele se tornou o aluno carismático e engraçado que circulava com desenvoltura entre playboys e maconheiros, de reconhecia habilidade artística para fazer rimas e transitar por vários ritmos musicais. O talento resultou no convite para participar de uma peça de improvisação. "Topei, embora só tivesse subido uma vez no palco, no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, quando improvisei um funk inspirado nos PMs a cavalo de lá: 'Os PMs vêm de moto / vêm também de viatura / mas aqui em Porto Alegre / tem outro tipo de dura / pocotó, pocotó, pocotó / a Brigada pocotó'."

Z.É. - Zenas Emprovisadas, a peça da faculdade, está há cinco anos em cartaz. Um dia antes desta entrevista foi vista por 4.200 espectadores, em duas sessões, no Rio. O sucesso catapultou a carreira do improvisador que nunca estudou para atuar. Adnet passou a fazer locução, dublagem, teatro, cinema e jingles. A lista inclui pontas em humorísticos da Globo, na novela Pé na Jaca e em filmes como Podecrê, que ao ser divulgado na na MTV lhe rendeu uma participação tão brilhante no RockGol que gerou um convite para que idealizasse um programa pra-chamar-de-seu na emissora. No despojado 15 Minutos, que apresenta com o mascarado Kiabbo, ele exerce livremente seu humor crítico. Em nome dessa liberdade, rejeitou propostas vantajosas de outras TVs. "Sempre tive dificuldades de fazer humorísticos na Globo. Tenho a necessidade de ser autoral." Centrado, o humorista refuta fazer humor do mau humor, criticar minorias e falar mal do Brasil. Genericamente. "Não gosto de dizer que todo político é filho-da-puta, eu critico coisas específicas. O cenário da MPB atual, por exemplo, é uma bosta. Eu amo futebol, mas odeio Seleção Brasileira, porque virou um balcão de negócios. Eu adoro o Rio, mas lá não tem multa, tem suborno."

Essa capacidade de transformar opiniões fortes e situações corriqueiras em bom humor insere Adnet entre os grandes da nova safra. Sua receita do sucesso é falar direto com o povo. E ignorar as celebridades. "Só falo de celebridade para tirar onda. Fulana de tal se esbaldando na pista de dança. Foda-se! Programa de fofoca. Foda-se! Foi visto com não-sei-quem. Foda-se!" A própria fama recém-adquirida, apesar da satisfação pelo reconhecimento, incomoda. É a privacidade que fica prejudicada, são os fãs que vão às peças pelo ídolo da tela e não pelo texto que ele tanto preza, é a a impossibilidade de continuar sendo o cidadão comum que vê a sociedade se desenrolando no banco do ônibus. "É perigoso se afastar de tudo isso", ele previne. É impossível se privar da vida-como-ela-é para fazer stand-up comedy. Adnet gosta do formato e de dividir a adrenalina com a platéia. "Posso fazer graça sendo mais instintivo." É a deixa para perguntar sem medo de ser mal interpretado: Você se acha engraçado? "Me acho engraçado. Divertido, menos. Não preciso entrar em um personagem para ser humorista, mas preciso de folga. Faço graça, mas gosto de falar sério. Um pouco."

Making Of - especial humor, Rolling Stone, dezembro 2008





+ Marcelo Adnet
+ Marcelo Tas

Fonte: Rolling Stone edição 27, dezembro 2008

Conta das eleições já está na web

Desde o dia 06 de dezembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza a prestação de contas dos candidatos que participaram das eleições municipais deste ano. A consulta pode ser feita por meio do site do tribunal.

Podem ser examinadas as despesas e também as receitas de candidatos a vereador e a prefeito de todos os municípios brasileiros. Na pesquisa por candidato, é possível fazer a busca por estado, por cargo e por município. Além disso, a consulta também pode ser feita por doador, no caso de receita, e por fornecedor, em caso de despesa.

O banco de dados, entretanto, ainda não está consolidado e algumas prestações de conta, de acordo com o TSE, estão em fase de processamento.

Prazo estendido

O prazo para quitação de contas de campanha dos candidatos que não se elegeram em outubro terminaria no dia 4 de novembro, mas foi prorrogado pelo TSE para 31 de dezembro, que acolheu pedido do DEM, do PSDB, do PT e do PMDB.

A nova data é quando se extingue automaticamente o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e a conta bancária eleitoral criada pelos candidatos com fins específicos de campanha.


Novos motoristas ficarão 1 ano sem dirigir na estrada

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem, em caráter terminativo, projeto de lei de autoria do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) que proíbe motoristas com menos de um ano de habilitação de dirigir em rodovias e estradas, salvo nos trechos urbanos dessas vias. Os motoristas que infringirem a nova lei correm o risco de não receber a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) definitiva. A proposta agora segue para a apreciação da Câmara dos Deputados.

Pela legislação em vigor, os motoristas só recebem a CNH definitiva um ano após sua aprovação nos exames de habilitação.

E desde que não tenham cometido qualquer infração de natureza grave ou gravíssima no período, ou que não tenham sido reincidentes em infração de grau médio. Para Mercadante, o projeto deverá reduzir o número de acidentes e mortes nas estradas brasileiras.

O Brasil é o país com maior número de acidentes envolvendo jovens nas estradas.

- No transcorrer do primeiro ano de experiência, os condutores são autorizados a portar, tão-somente, uma permissão para dirigir. Desse modo, a proposição, ao exigir a Carteira Nacional de Habilitação para dirigir em rodovias e estradas, destina-se a proibir que os motoristas provisoriamente habilitados possam conduzir veículos nessas vias - explicou o senador.

O diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alfredo Peres, disse achar importante o projeto de Mercadante, mas afirmou ser difícil fiscalizar a circulação dos novos motoristas nas estradas.

Alfredo Peres disse que o governo enviará ao Congresso Nacional, ainda este ano, projeto de lei que amplia de um para dois anos o período de observação dos motoristas aprovados nos exames da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Nesse período, eles ficam numa fase experimental e com uma permissão provisória. Se não cometerem faltas graves, após doze meses, o condutor retira o documento definitivo.

Peres disse ainda que o governo vai desenvolver um software que permitirá ao motorista, durante o período de autoescola, fazer simulações, como se estivesse dirigindo em estrada ou em condições adversas, como na chuva. Ele é contra levar o aluno para rodovias, como faz, por exemplo, a Espanha.

Durante a discussão na CCJ, Mercadante divulgou dados do "Mapa da violência: Os jovens da América Latina 2008", fornecidos pelo Ministério da Justiça.

Pelo levantamento, pelo menos 23,3 em cada 100 mil jovens brasileiros morrem em acidente de carro em rodovias, o que põe o Brasil como recordista na América Latina. O projeto, segundo Mercadante, amplia medidas como a Lei Seca, adotada recentemente para evitar mortes no trânsito.

MSN, por Arnaldo Jabor

Sempre odiei o que a maioria das pessoas faz com os seus MSN's. Não estou falando desta vez dos emoticons insuportáveis que transformaram a leitura em um jogo de decodificação, mas as declarações de amor, saudades, empolgação traduzidas através do nick. O espaço 'nome' foi criado pela Microsoft para que você digite O NOME que lhe foi dado no batismo. Assim seus amigos aparecem de forma ordenada e você não tem que ficar clicando em cima dos mesmos pra descobrir que 'Vendo Abadá do Chiclete e Ivete' é na verdade Rodrigo Carvalho, ou 'Ainda te amo Pedro Henrique' é o MSN de Marcela Cordeiro. Mas a melhor parte da brincadeira é que normalmente o nick diz muito sobre o estado de espírito e perfil da pessoa. Portanto, toda vez que você encontrar um nick desses por aí, pare para analisar que você já saberá tudo sobre a pessoa...

'A-M-I-G-A-S o fim de semana foi perfeito!!!' acabou de entrar. Essa com certeza, assim como as amigas piriguetes (perigosas), terminou o namoro e está encalhadona. Uma semana antes estava com o nick 'O fim de semana promete'. Quer mostrar pro ex e pros peguetes (perigosos) que tem vida própria, mas a única coisa que fez no fim de semana foi encher o rabo de Balalaika, Baikal e Velho Barreiro e beijar umas bocas repetidas. O pior é que você conhece o casal e está no meio desse 'tiroteio', já que o ex dela é também conhecido seu, entra com o nick 'Hoje tem mais balada!', tentando impressionar seus amigos e amigas e as novas presas de sua mira, de que sua vida está mais do que movimentada, além de tentar fazer raiva na ex.

'Polly em NY' acabou de entrar. Essa com certeza quer que todos saibam que ela está em uma viagem bacana. Tanto que em breve colocará uma foto da 5ª Avenida no Orkut com a legenda 'Eu em Nova York'. Por que ninguém bota no Orkut foto de uma viagem feita a Praia-Grande - SP? 'Quando Deus te desenhou ele tava namorando' acabou de entrar. Essa pessoa provavelmente não tem nenhuma criatividade, gosto musical e interesse por cultura. Só ouve o que está na moda e mais tocada nas paradas de sucesso. Normalmente coloca trechos como 'Diga que valeuuu' ou 'O Asa Arreia' na época do carnaval.

'Por que a vida faz isso comigo?' acabou de entrar. Quando essa pessoa entrar bloqueie imediatamente. Está depressiva porque tomou um pé na bunda e irá te chamar pra ficar falando sobre o ex.

'Maria Paula ocupada prá c**' acabou de entrar. Se está ocupada prá c**, por que entrou cara-pálida? Sempre que vir uma pessoa dessas entrar, puxe papo só pra resenhar; ela não vai resistir à janelinha azul piscando na telinha e vai mandar o trabalho pro espaço. Com certeza.

'Paulão, quero você acima de tudo' acabou de entrar. Se ama compre um apartamento e vá morar com ele. Uma dica: Mulher adora disputar com as amigas. Quanto mais você mostrar que o tal do Paulão é tudo de bom, maiores são as chances de você ter o olho furado pelas sua amigas piriguetes (perigosas).

'Marizinha no banho' acabou de entrar. Essa não consegue mais desgrudar do MSN. Até quando vai beber água troca seu nick para 'Marizinha bebendo água'. Ganhou do pai um laptop pra usar enquanto estiver no banheiro, mas nunca tem coragem de colocar o nick 'Marizinha matriculando o moleque na natação'.

'< . ººº< . ººº< / @ || e $ $ ! || |-| @ >ªªª . >ªªª >' acabou de entrar. Essa aí acha que seu nome é o Código da Vinci pronto a ser decodificado. Cuidado ao conversar: ela pode dizer 'q vc eh mtu déixxx, q gosta di vc mtuXXX, ti mandá um bjuXX'.

'Galinha que persegue pato morre afogada' acabou de entrar. Essa aí tomou um zig e está doida pra dar uma coça na piriguete que tá dando em cima do seu ex. Quando está de bem com a vida, costuma usar outros nicks-provérbios de Dalai Lama, Lair de Souza e cia.

'VENDO ingressos para a Chopada, Camarote Vivo Festival de Verão, ABADÁ DO EVA, Bonfim Light, bate-volta da vaquejada de Serrinha e LP' acabou de entrar. Essa pessoa está desesperada pra ganhar um dinheiro extra e acha que a janelinha de 200 x 115 pixels que sobe no meu computador é espaço publicitário.

'Me pegue pelos cabelos, sinta meu cheiro, me jogue pelo ar, me leve pro seu banheiro...' acabou de entrar. Sempre usa um provérbio, trecho de música ou nick sedutores. Adora usar trechos de funk ou pagode com duplo sentido. Está há 6 meses sem dar um tapa na macaca e está doida prá arrumar alguém pra fazer o servicinho.

'Danny Bananinha' acabou de entrar. Quer de qualquer jeito emplacar um apelido para si própria, mas todos insistem em lhe chamar de Melecão, sua alcunha de escola. Adora se comparar a celebridades gostosas, botar fotos tiradas por si mesma no espelho com os peitos saindo da blusa rosa. Quer ser famosa. Mas não chegará nem a figurante do Linha Direta.

Bom é isso, se quiserem escrever alguma mensagem, declaração ou qualquer coisa do tipo, tem o campo certo em opções 'digitem uma mensagem pessoal para que seus contatos a vejam' ou melhor, fica bem embaixo do campo do nome!! Vamos facilitar!!!

[REC]


Para uma edição do programa da televisão local, "Enquanto Você Dorme", a repórter Ángela Vidal e seu cinegrafista Pablo vão passar a noite em uma unidade do Corpo de Bombeiros. Ao contrário do que imaginavam, a profissão não é tão emocionante na maior parte da madrugada, em que os oficiais apenas comem, dormem ou jogam basquete enquanto aguardam alguma chamada, que podem ir de incêndios a simples resgates de bichos de estimação. Quando menos esperam, vem a primeira emergência da noite.

Os bombeiros e a equipe de televisão vão para um prédio onde uma senhora idosa está presa em seu apartamento. Lá, os moradores se aglomeram no hall de entrada, já que todos acordaram com os gritos da mulher. Dois policiais, já no local, tentam controlar as pessoas, mantendo todos juntos, enquanto os bombeiros subirão para arrombar a porta e liberar a idosa. Logo que eles conseguem, percebem que algo errado está acontecendo com a mulher, que parece mentalmente perturbada e ataca um dos policiais.

Quando tentam levar o ferido para fora, descobrem que o prédio está trancado. Vários oficiais do lado de fora isolam o local e pedem que todos aguardem com calma por um agente da vigilância sanitária, sem informar o que está havendo. Enquanto todos tentam entender, um dos bombeiros cai do vão da escada com marcas de mordida. Todos entram em pânico, sem saber o que está acontecendo. Sem poder sair, eles precisam aguardar por uma resposta de fora. Tudo acontece em frente à câmera de televisão, com o [REC] ligado, registrando todos os momentos.

Com o mesmo estilo de filmes como Bruxa de Blair e Cloverfield - Monstro, o espanhol [REC] chamou a atenção nos diversos festivais em que participou, como o de Veneza. O sucesso foi tanto que os produtores de Hollywood não demoraram e já fizeram a refilmagem, Quarentena. Para aumentar o clima de terror e suspense no filme, os diretores preferiram não contar aos atores sobre algumas das cenas, como a que o bombeiro cai do vão da escada. Assim, as reações dos atores foram reais.




Second Life - Traição virtual leva a divórcio na vida real


Imagem mostra as versões reais e virtuais de Amy Taylor e David Pollard

A história de amor de Amy Taylor, 28, e David Pollard, 40, começou em uma sala virtual de bate-papo em 2003 e terminou neste ano, depois que ela descobriu a traição do marido no universo virtual Second Life.


Fãs desse programa em que os internautas são representados por avatares (personagens) 3D, os britânicos chegaram a realizar uma cerimônia de casamento no ciberespaço, depois de oficializarem a união no mundo real. Mas foi nesse mesmo cenário que Amy flagrou seu marido com outras mulheres, o que levou os dois a se divorciarem.

No Second Life, o desempregado Pollard dizia ser ex-proprietário de uma casa noturna. A ocupação de sua mulher, também desempregada, não era divulgada no cadastro dos usuários. No ciberespaço, eles se chamavam Laura Skye e Dave Barmy.

Segundo a publicação britânica “Daily Mail”, Amy flagrou seu marido fazendo sexo virtual com uma prostituta no Second Life. “Fiquei louca, isso me machucou muito. Não pude acreditar no que ele tinha feito. Isso é traição”, contou. Seu marido na época, no entanto, discordou. “Ele não achava que era um problema e não entendia por que eu estava tão brava. Ele falou que eu estava exagerando e disse que eu havia causado essa situação, por não lhe dar atenção.”

Com o dinheiro virtual do Second Life, Amy chegou a contratar um detetive particular virtual para investigar a traição. O casal acabou se acertando novamente até que, em abril deste ano, a mulher pegou seu marido no sofá, com outra mulher, “conversando de maneira íntima” -- tudo isso no mundo on-line que eles freqüentavam. Apesar de os dois nunca terem se encontrado na vida real, a mulher traída disse ter ficado devastada.

“Ele confessou que estava conversando com essa mulher, que é dos Estados Unidos, e disse que nosso casamento estava acabado, que não me amava mais. Disse que nunca deveríamos ter nos casado”, contou ao “Daily Mail”. No dia seguinte, Amy entrou com um pedido para se divorciar do homem com quem ficou casada por três anos.

Vida nova

Atualmente, Amy namora com um homem que ela conheceu no jogo on-line World Of Warcraft. “Foi uma situação muito difícil e agora quero seguir com minha vida”, afirmou à publicação britânica. “Ainda entro no Second Life, mas não com tanta freqüência. Existe a chance de eu encontrá-lo [Pollard] por lá”, continuou a mulher, que hoje vive com seu novo namorado.

A publicação “Sky News”, que divulgou a história em primeira mão, conta que Pollard namora hoje com uma mulher que conheceu no Second Life.

As fotos do casamento virtual dos britânicos, uma delas mostrada acima, foram reproduzidas por diversas publicações de todo o mundo. Nas imagens da cerimônia eles aparecem com visual diferente do que adotaram depois – no Second Life, os avatares podem sofrer transformações radicais com apenas alguns cliques.

Obama, veto à união gay e sim à maconha

No mesmo dia em que escolheram o novo líder da nação, os americanos foram às urnas para responder a diferentes questões em cada estado. O sistema norte-americano permite às legislaturas estaduais ou aos cidadãos, por meio da coleta de assinaturas, submeter propostas sobre temas diversos na cédula eleitoral. Na terça-feira, os eleitores receberam 153 consultas em 36 estados.

Na Califórnia, Colorado e Dakota do Sul, os plebiscitos decidiram sobre o direito ao aborto. No Colorado, 73% dos eleitores rejeitaram uma proposta que pretendia estabelecer que a vida humana começa no momento da concepção, e 55% dos cidadãos de Dakota do Sul rejeitaram imposições que limitam o aborto. Na Califórnia, 52% votaram contra uma restrição semelhante.

Califórnia, Arizona e Flórida fizeram consultas sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na Califórnia, 52% dos eleitores respaldaram a Proposição 8, que proíbe o casamento no estado. Os eleitores do Arizona e Flórida também se pronunciaram contra esse tipo de união. No total, 52% dos eleitores no Arizona e 62% dos da Flórida rejeitaram o casamento entre homossexuais.

Se na terça-feira a mineira Soraya Bittencourt, de 48 anos, tinha “orgulho enorme” da cidadania norte-americana, ontem o sentimento era outro. “Fico triste por saber que a nossa luta ainda vai levar muitos e muitos anos”, afirmou ao Correio a lésbica que mora em Redwood City (Califórnia) e casou-se com a carioca Lucila de Oliveira, 48, em agosto passado. “O pessoal que colocou a Proposição 8 nas urnas fez uso de táticas inimagináveis para mudar os votos. Eles ligaram para as pessoas e diziam que, se a proposta fosse reprovada, as crianças aprenderiam sobre homossexualismo no primeiro grau escolar — o que consideraram um absurdo”, denunciou.

Reconhecimento

Soraya acredita que o casamento gay é “o reconhecimento de um direito legal, a segurança de que minha família seria tratada como qualquer outra”. Após perderem nas urnas, os ativistas gays pretendem desafiar a Proposição 8 na Suprema Corte de Justiça. Advogados de casais homossexuais tentarão argumentar que a medida é uma revisão constitucional ilegal.

“Esse é o tipo de comportamento que nos fez buscar essa posição”, declarou Frank Schubert, co-responsável pela Proposição 8. “As pessoas votaram em 2000 em peso a favor do casamento tradicional e são obrigadas a dizer de novo que defendem a união tradicional, e isso ainda assim não é aceito pelos gays ativistas”, atacou. No Arizona, 59% dos eleitores vetaram uma medida que aumentaria as multas às empresas que contratassem imigrantes ilegais. Em Michigan, a legalização do uso da maconha para fins medicinais foi aprovada por 63% dos eleitores.


Google entrega 18 mil álbuns a CPI, que espera identificar 8 mil pedófilos

Google Brasil entregou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, em Brasília, 18.330 álbuns do Orkut suspeitos de conter imagens de pornografia infantil. Os endereços eletrônicos, solicitados em 2 de julho, foram identificados com base em denúncias enviadas à ONG SaferNet. O presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), espera identificar até 8 mil pedófilos que atuam na maior rede virtual de relacionamentos do País, com 27 milhões de usuários. "O próximo passo será identificar os IPs (os computadores dos usuários) e quebrar o sigilo telefônico dos suspeitos."

Malta disse que os novos dados, em conjunto com a aprovação pela Câmara dos Deputados hoje de uma legislação mais rígida contra a pedofilia, permitirão fazer a maior operação policial já vista no País contra abusos infantis. "E não será uma ação qualquer, como ocorre hoje, só com buscas e apreensões. Qualquer proprietário de qualquer computador que distribuir ou guardar pedofilia poderá ser preso."

O diretor de Comunicação do Google Brasil, Félix Ximenes, disse que a empresa acatou uma ordem da comissão. "Entregamos o material porque a CPI tem poder de investigação e de polícia", afirmou ele, ao destacar que a companhia está disposta a colaborar. "Se for comprovada qualquer irregularidade, excluiremos os usuários." Entre os denunciados há perfis ativos e inativos.

Segundo Ximenes, a demora em levantar as informações se deu porque a equipe técnica da CPI solicitou mudanças nos formatos das imagens. O presidente da SaferNet, Thiago Tavares, confirmou a necessidade de alteração dos arquivos, que serão processados por uma ferramenta desenvolvida pela ONG e cedida à CPI. O software permite triagem semi-automatizada de material pornográfico infantil.

Para Tavares, no entanto, o Google poderia ter sido mais ágil. "A empresa disse que eram muitas páginas, muito conteúdo e tiveram dificuldades para adaptar o formato. Levaram quatro meses para cumprir uma ordem de quebra de sigilo. Era possível reunir esse material em 30 dias", afirmou Tavares.

Em abril, já haviam sido entregues à comissão 3.261 álbuns, que permitiram a identificação de 500 pedófilos e renderam material para a deflagração, em setembro, da Operação Carrossel 2, a maior do gênero já feita pela Polícia Federal, que resultou em busca e apreensão de farta quantidade de pornografia infantil em 113 endereços no País. O desbaratamento dessa rede ainda levou informações ao banco de dados da Interpol e permitiu operações inéditas na Europa. Mas só uma pessoa foi presa no Brasil - em flagrante, transmitindo imagens pornográficas.

GUERRA JUDICIAL

A abertura desses conteúdos no Orkut, porém, só foi possível após uma briga judicial. Em 2005, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ações civis contra o Google para conseguir acesso a dados de supostos pedófilos. Em junho deste ano, a CPI da Pedofilia ameaçou entrar com um processo para fechar a empresa, caso não colaborasse.

Os procuradores da República alegavam que a empresa se recusava a fornecer informações, com base na legislação da matriz americana. Também haveria resistência na manutenção dos dados além de 30 dias, insuficientes para se comprovar a "materialidade" dos crimes. O conflito se agravou quando o MPF denunciou o serviço de mensagens e álbuns restritos a convidados autorizados pelos usuários, criado em 2007. O sigilo permitia, para os procuradores, trocas de imagens de pornografia infantil.

Uma solução só foi possível com a assinatura, em julho de 2008, de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O acordo prevê que o Google Brasil, após receber denúncias via internet ou SaferNet, deverá encaminhar ao MPF dados de usuários suspeitos. O Google deverá também armazenar essas "provas" por seis meses, renováveis pelo mesmo período.

A entrega dos álbuns ontem à CPI, de acordo com o executivo da Google, não tem relação com o TAC. "Continuamos cooperando e cumprindo o acordo. Já tivemos correspondências (troca de informações sobre usuários suspeitos) com o Ministério Público", afirmou Ximenes.




Crimes na Internet? Denuncie!

Primeiro título de Ayrton Senna completa 20 anos

Suzuka, Japão: 30 de outubro de 1988. Há 20 anos, o mundo do automobilismo conhecia um novo campeão mundial de Fórmula 1. O brasileiro Ayrton Senna, então com 28 anos, tornava-se o terceiro piloto do país a conquistar um título na categoria. O triunfo veio após um duelo histórico com Alain Prost, seu companheiro de equipe na McLaren. Era a confirmação do talento de um gênio da velocidade.

A temporada de 1988 foi muito equilibrada, mas apenas entre os pilotos da McLaren. O MP4/4 seria eleito como um dos melhores carros da história da categoria e perdeu apenas uma corrida das 16 daquela temporada. Ayrton Senna venceu oito corridas naquele ano, enquanto Prost levou sete troféus para casa.

O único GP que terminou sem vitória da McLaren ficou com Gerhard Berger, na Itália. Na ocasião, Prost sofreu uma quebra e Senna errou ao tentar ultrapassar o retardatário Jean-Louis Schlesser, que substituía Nigel Mansell na Williams, que estava com catapora.


Boneco gigante de Lego aparece em praia britânica

Um boneco de Lego gigante apareceu misteriosamente na praia britânica de Brighton, nesta quinta-feira (3), causando espanto à população local. O brinquedo de plástico, que mede cerca de 1,8 metro, é amarelo, tem calça vermelha e blusa verde. “É muito estranho, só deus sabe como ele veio parar aqui. Alguns dizem que veio da Holanda, pois ele tem palavras escritas em holandês. Deve ter caído de um barco”, disse Gerry Turner, 34, que mora em Brighton.

Segundo a publicação “Daily Mail”, um porta-voz da cidade afirmou que a prefeitura não faz idéia da origem do Lego e que não se opõe em manter o boneco no mesmo lugar. “Será interessante ver quanto tempo ele fica lá. Vamos ficar de olho”, disse.
Essa não é a primeira vez que um boneco gigante desse tipo aparece na praia. O modelo encontrado em Zandvoort (Holanda) no ano passado tinha 2,5 metros. Na ocasião, também não souberam explicar de onde surgiu o brinquedo.

Seria uma espécie de marketing viral ?


Schincariol apresenta a Nova Schin Zero

O Grupo Schincariol aproveita seu patrocínio ao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que acontece em 2 de novembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para apresentar ao público o mais recente produto integrado ao seu portfolio: a Nova Schin Zero. Ao contrário do uso comum da nomeclatura, relacionada à ausência de calorias presentes nas bebidas que trazem a menção estampada em suas embalagens, a cerveja adota o termo para indicar que tem 0,0% de álcool em sua fórmula, mantendo, porém, todos os outros tradicionais ingredientes: como água, malte, cereais não malteados, carboidratos, lúpulo e CO2 natural. O lançamento consegue manter o sabor e a qualidade semelhante às cervejas tradicionais, segundo a empresa, graças ao auxílio de equipamentos importados da Alemanha para seu preparo, que consegue manter suas características mesmo sem a adição de álcool.


A Young & Rubicam será a agência responsável pela elaboração da campanha que divulgará o lançamento ao público. A primeira peça a chegar à mídia será um anúncio que se inspira exatamente a proximidade do GP no Brasil, assim como na Lei Seca – fator que amplia a procura por bebidas desse nicho. Criado por Axel Levay e Rodrigo Bergel, sob direção de Tomás Lorente e Cássio Zanata, o trabalho mostra um capacete de cabeça para baixo, servindo como balde de gelo para manter latas de Nova Schin Zero e de Nova Schin Pilsen na temperatura ideal. Ao lado da imagem, foi inserido o mote: “Nova Schin. Agora com opções para dentro e fora das pistas”.

Todas as bebidas comercializadas em Interlagos são da família Schincariol – o que compreende o novo produto. A empresa reforça a apresentação do produto com ações especiais em seu hospitality center no autódromo, entre elas a presença de um casal que apadrinhará a Nova Schin Zero, de identidade ainda não revelada. Durante a transmissão da corrida pela Rede Globo, vinhetas destacarão, em rede nacional, o lançamento da nova cerveja.

Completando as ações relacionadas ao GP Brasil de Fórmula 1, a Schincariol coloca no mercado uma lata comemorativa da Nova Schin Pilsen, com motivos do evento. A Nova Schin Zero será distribuída nacionalmente em garrafas de 600ml, em long necks de 355ml e em latas de 350ml.


Plebe Rude


Para 2009, a banda está cheia de novidades. Além de novas composições, Philippe Seabra adianta que parte do repertório antigo (ainda pertencente à gravadora EMI) será regravado. “A idéia é lançar um CD por semestre durante um ano e meio”, conta o vocalista. No dia 20 de novembro, o grupo volta ao Bar Bocanegra (403 Sul), para o show Plebe Rude: In the roots, só com versões das bandas favoritas.



Garrincha: 75 anos da "Alegria do Povo"


Pouco importa que Manoel dos Santos, Mané Garrincha, jamais tenha, de fato, apelidado de “João” ao menos um dos defensores que tentavam, na maioria das vezes inutilmente, conter os seus avanços pelo flanco direito dos gramados. Na verdade, teria sido um jornalista quem criara esta estória, mais uma a dar corpo ao emaranhado de fatos e invenções que adornam o mito mané. Mas, neste caso, a questão do “disse” ou “não disse” não tem, por exemplo, a mesma relevância da polêmica em torno da mais célebre frase de Maquiavel, aquela que ele jamais disse, a saber, “que os fins justificam os meios”. Porque Maquiavel, além de não ter enunciado a frase que veio tornar-se a máxima do chamado “maquiavelismo”, também não elaborou, como se costuma supor, uma teoria política ressonante com essa máxima. Em Maquiavel, os fins não justificam os meios, e a idéia contrária só é possível graças a uma leitura equivocada dos textos do pensador. Mas, no caso do Mané, o fato dele não ter enunciado o “João” não muda em nada o fato dele ter dado vida, não a um somente, mas a centenas deles.

Para quem não viu Mané Garrincha jogar, como é, obviamente, o meu caso, é muito difícil descobrir, por trás dos discursos saudosistas e inflamados daqueles que o viram, testemunhas ainda boquiabertas, como o ex-jogador e amigo do Mané, Nilton Santos, os jornalistas e escritores Armando Nogueira, Nelson Rodrigues e Carlos Drummond de Andrade, quem foi e como era, realmente, o jogador. O que esses discursos apaixonados fazem é construir a imagem de alguém que estava mais para extraordinário que para o humano. Mané seria, assim, um desses seres sobrenaturais, fugidos do Olimpo, que de tempos em tempos o esporte traz à forma humana, tais como os futebolistas Pelé, Maradona, Cruyff, Zico, Leônidas da Silva, Puskas, Zidane, Yashin, Platini, Rogério Ceni e Beckenbauer, ou os incríveis tenista e nadador, respectivamente, Roger Federer e Michael Phelps, ou ainda, do boxe, os pugilistas Mohamed Ali e Mike Tyson, e, por fim, do basquete, o realmente fenomenal Michael Jordan. Para todos esses atletas, a conquista da vitória parece ser apenas um evento acidental e sem importância quando comparada aos seus poderes de tornar reais até mesmo as idéias mais ousadas que brotam na mente de um atleta. A eles tudo parece possível e, o que é mais assombroso, tremendamente fácil.

A idéia de que Garrincha, dentre outros gênios acima citados, não tenha sido um humano, como sugeriu, brincando, meu amigo corneteiro César, talvez seja a premissa necessária para explicar como alguém que foi tão brilhante dentro das quatro linhas pode, fora delas, definhar de maneira tão triste, vítima, sobretudo, do alcoolismo. Garrincha não cabia nos estreitos limites morais da sociedade brasileira, menos ainda, como se sabe, nos limites do seu próprio corpo. Não o julgo, apenas lamento o rumo que sua vida tomou, desembocando na doença, solidão e tristeza. No fim das contas, parece ser um erro querer dissociar o Mané jogador do Mané pai de família, boêmio e amante, do mesmo modo que é absurdo imaginar que suas pernas pudessem ser tortas dentro de campo e, fora dele, corretas. A respeito disso tudo, sábias mesmo são as palavras de Nelson Rodrigues: “um Garrincha transcende todos os padrões de julgamento. Estou certo de que o próprio Juízo Final há de sentir-se incompetente para opinar sobre o nosso Mané”.

O que havia de mais encantador no jogador Garrincha, ao menos de acordo com o que os relatos sobre ele permitem crer, era como ele, indiferente aos outros vinte e um jogadores em campo e até mesmo à lógica sem graça do perde e ganha do futebol, parecia ser o praticante solitário de uma modalidade esportiva diferente, criada por ele mesmo, a partir duma costela do futebol. É claro que a carreira futebolista de Garrincha foi repleta de vitórias. Ele, ao lado de Pelé e outros gênios do futebol, conquistou a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, e, quatro anos depois, no Chile, com os gênios nas costas, a de 1962. Mas não foram simplesmente as medalhas e os troféus conquistados por Garrincha o que o elevaram à condição de mito, mas principalmente o drible, sua arte maior.














Armando Nogueira brinca que, “para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio”. É daí que afirmo que ele era o praticamente solitário de uma modalidade própria, que não era futebol, embora brotasse dele. Quando Mané parava em frente aos marcadores adversários e punha em marcha aquele ritual de ir mas não ir, de que importava o gol? Garrincha encarava os marcadores, dava vida a eles e, depois, num movimento rápido, mas simples, deixava-os para trás. Às vezes até mesmo empurrava a bola um pouco à frente, ameaçando entregá-la ao adversário, depois a recolhia, e partia. Armando Nogueira tem uma tese interessantíssima sobre os dribles de Garrincha, para ele, “o drible é, em essência, fingir que se vai fazer uma coisa e fazer outra; fingir, por exemplo, que se vai sair pela esquerda, e sair pela direita. Pois o Garrincha é a negação do drible. Ele pega a bola e pára; o marcador sabe que ele vai sair pela direita; o público todo sabe que ele vai sair para a direita; seu Mané mostra mais uma vez que vai sair pela direita; a essa altura, a convicção do marcador é granítica: ele vai sair pela direita; Garrincha parte e sai pela direita. Um murmúrio de espanto percorre o estádio: o esperado aconteceu, o antônimo do drible aconteceu”.


Igual a Garrincha, em relação ao estilo de drible, jamais houve. Mas, a fim de esclarecer a diferença entre ele e os outros, cabe trazer à memória dois lances, ambos protagonizados por craques brasileiros. Romário, jogando pelo Flamengo, em 1999, pela Copa Rio São Paulo, pára com a bola nos pés já dentro da grande área; em frente a ele, a poucos centímetros, Amaral, o infeliz marcador; com um rápido elástico, num dos dribles mais incríveis que já vi, Romário deixa para trás o marcador corintiano atordoado e, com um leve toque do bico da chuteira, já quase sem ângulo, marca um gol simplesmente fantástico. Aí a torcida adversária teve que aplaudir. Amaral, tendo certamente comprometido a coluna, saiu do Corinthians pouco tempo depois.

O outro lance é protagonizado por Robinho, jogando pelo Santos, no final do Campeonato Brasileiro de 2002, contra o Corinthians. Com uma coragem e ousadia raras, sintomas de molecagem, ele avançou em direção ao marcador, o lateral direito Rogério, com as pedaladas que tornaram, definitivamente, a “pedalada” sua marca registrada. Atordoado com a ousadia do moleque franzino, Rogério foi recuando, recuando, recuando, entrou na área e, já fora de si, cometeu o pênalti. A essência desses lances, tão fortemente marcados por um estilo mané, pode ser explicada citando-se Drummond: “se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios”.

Jogadas como as que o Mané fazia tão facilmente, bastando para tanto, que quisesse - e cujo estilo alguns raros jogadores foram capazes de imitar, como fizeram Rivelino e Romário, e fazem Robinho e Cristiano Ronaldo - produzem duas reações: alegria, dada a graça do drible, e pena, do “João”.

Quando fumar fazia bem à saúde

O cigarro que emagrece, faz bem para os dentes e acalma os nervos está em exposição na Biblioteca Pública de Nova York. Uma série de propagandas antigas de cigarro mostra os esforços usados pela indústria tabagista para exaltar supostos benefícios do fumo

Andres Vera

“Mais médicos fumam Camel do que qualquer outro cigarro”. A frase, que hoje faria tremer qualquer associação de medicina, está estampada num anúncio de cigarro da marca Camel criado em 1946. Houve um tempo em que o hábito de fumar, além de elegante, fazia bem à saúde. Essa era a pretensão de uma poderosa indústria tabagista que, em busca de consumidores, recrutou médicos, dentistas e até bebês a seu favor. “Puxa, mamãe, você realmente gosta dos seus Marlboros”, diz outro anúncio polêmico que estampa a foto de uma criança. Essas propagandas, criadas entre os anos 1927 e 1954, fazem parte de uma exposição organizada pela Biblioteca Pública de Nova York. Os anúncios, que circulavam em revistas como Life e Saturday Evening Post, são coloridos e criativos. A exposição ainda recorre a celebridades que emprestaram rosto e pulmões à indústria tabagista. O ator Ronald Reagan, o esportista Joe DiMaggio e até Papai Noel aparecem de cigarro em mãos. As propagandas também poderiam ilustrar uma recente e polêmica descoberta de pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade Stanford. Em setembro, eles revelaram documentos secretos que mostram o verdadeiro tamanho dos interesses da indústria tabagista. Artistas como John Wayne, Henry Fonda e Bette Davis receberam milhares de dólares para promover marcas de cigarro durante a era dourada do cinema americano, nas décadas de 30 e 40. Só a empresa American Tobacco pagou o equivalente atual a US$ 3,2 milhões para ver a marca Lucky Strike nas telas de Hollywood. Entre os artistas mais bem pagos estavam Clark Gable, Gary Cooper e Joan Crawford. Cada um recebeu US$ 10 mil, o equivalente a US$ 100 mil atuais. A indústria tabagista não imaginava que acender um cigarro e sorrir como Clark Gable custaria um preço ainda maior à saúde das gerações que compraram a propaganda de Hollywood. Se o médico que defendeu as maravilhas de Camel não fosse apenas um figurante de publicidade, nenhuma tosse disfarçaria o constrangimento.

"Mais médicos fumam Camel do que qualquer outro cigarro"
A marca Camel distribuiu maços de cigarro na entrada de convenções médicas no ano de 1946. Ao final do evento, um grupo de pesquisadores perguntava qual marca de cigarro os médicos levavam no bolso. A resposta não podia ser outra: eram os mesmos maços recebidos antes. A "estatística" virou anúncio.


"Como seu dentista, eu recomendo Viceroys"
Enquanto as causas de câncer bucal eram lentamente associadas ao fumo, o cigarro Viceroys exibia dentistas defendendo a marca. De acordo com estatísticas da empresa, mais de 38 mil dentistas aprovavam Viceroys.

"Puxa, mamãe, você realmente gosta dos seus Marlboros"
O uso de crianças na propaganda atingia principalmente o público feminino, e fazia parte dos esforços da indústria tabagista para ampliar a base de consumidores. Segundo a peça publicitária, o milagre dos cigarros Marlboro era não "empapuçar" seus usuários.

"Encare os fatos! Quando a tentação da comida for demais, acenda um Lucky"
O cigarro Lucky Strike criou uma série de propagandas com esportistas saudáveis superando uma espécie de sombra em má forma física. Corredores, tenistas e nadadores vendiam o estilo de vida da marca, que fazia questão de alertar em letras miúdas que seus cigarros não reduziam a gordura.

"20.679 médicos dizem que Lucky Strike irrita menos a garganta"
O cigarro Lucky Strike se dizia capaz de proteger a garganta, e também buscou o apoio de pesquisas médicas. De acordo com a publicidade da marca, datada de 1930, mais de 20 mil médicos aprovavam Lucky Strike como sendo "o menos irritante” do mercado.

"Mais cientistas e educadores fumam Kent com o novo filtro Micronite do que qualquer outro cigarro"
O filtro do cigarro surgiu como um diferencial que impulsionou as vendas de marcas como Kent e Viceroys. No entanto, o filtro propagandeado pela Kent como solução protetora continha amianto, uma fibra mineral altamente cancerígena quando aspirada. Apenas 2% dos cigarros continham filtro na década de 50. Com o sucesso da suposta proteção, os cigarros com filtro passaram a ter 50% do mercado.


"Proteja-se contra a garganta arranhada. Curta o fumar suave"
A indústria tabagista não hesitou em usar Papai Noel como garoto propaganda de cigarro, cigarrilhas e charutos. O bom velhinho apareceu em inúmeras peças publicitárias da marca Pall Mall nos anos 1950, exalando tanta fumaça quanto uma chaminé. Mas, ao contrário dos atletas saudáveis de Lucky Strike, Noel continuou gordinho

"A ciência descobriu - você pode comprovar. Chesterfield não deixa gosto ruim"
Chesterfield explorou a credibilidade da ciência a ponto de criar ficção científica. De acordo com o estudo de 1951, feito por uma organização de pesquisa “bem conhecida”, o cigarro da marca era o único capaz de enfrentar o microscópio e provar que não deixava gosto ruim na boca - desde que o cientista não deixasse cair cinzas no que estava observando."A ciência descobriu - você pode comprovar. Chesterfield não deixa gosto ruim"

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O cigarro que emagrece, faz bem para os dentes e acalma os nervos está em exposição na Biblioteca Pública de Nova York. Uma série de propagandas antigas de cigarro mostra os esforços usados pela indústria tabagista para exaltar supostos benefícios do fumo.



Fonte: Revista Época

Guia para votar corretamente

Artigo publicado essa semana em um jornal do Estado de Goiás

Por Pablo Kossa

Vá com o coração cheio de fúria, ódio e violência

Para manter a tradição, republico esse artigo agora, na semana da eleição. É para tentar conscientizar você a não insistir com burradas na hora do voto...

Vá dormir às duas da manhã. Bêbado como nunca esteve na vida. Antes, coloque o alarme do celular para às 5h30. Na hora em que ele disparar, levante da cama, vá ao banheiro e olhe para o vaso: entupido com papel higiênico que você mesmo jogou. Entre no box, regule o chuveiro na posição verão e deixe a água geladíssima molhar todo seu corpo de uma vez só. Não se enxugue. Morrendo de frio, coloque uma bermuda, saia de casa sem camiseta e dê uma morosa volta pelo bairro. Volte para casa somente quando estiver tremendo de frio. Abra a geladeira, sinta o bafo gelado do eletrodoméstico e tenha outro calafrio. O motivo de abrir a geladeira é simples, só para conferir o que você já sabia: não tem nada para comer. É claro que não tem. Você não fez o supermercado.

Deite no sofá e fique trocando de canal até às oito da manhã. A cabeça dói e você sabe o porquê: ressaca. Na TV, nenhum canal lhe chama a atenção. Se começar a achar legal qualquer coisa, fique esperto, troque rapidamente de emissora e não pare novamente neste número. Deixe o controle remoto intacto por meia hora no pior programa que encontrar, seja ele culto evangélico, vendas de utensílios inúteis, clipes do CPM 22 ou até mesmo entrevista com algum deputado.

Fique sem comer nada pela manhã e vá até o caixa eletrônico mais próximo. Tire seu extrato e veja o quanto está devendo. Aproveite e pegue a fatura do cartão de crédito. Passe mais raiva. Na hora do almoço, dê uma passeada pela frente de três churrascarias de primeira, três casas de massa fantásticas e três botecos de espetinho na calçada. Passe no supermercado e compre um miojo. Vá para casa. Na hora de preparar o macarrão instantâneo, deixe-o queimar. Quando estiver grudado na panela, raspe tudo e coma. Não beba nada enquanto estiver comendo. Sinta todo gosto e lembre-se da picanha, da pizza e do espetinho de provolone que poderia estar degustando.

Já de tarde, ligue para todas as ex-namoradas que tiver contato. Pegue notícias de todas e pergunte sobre novos relacionamentos. Todos, naturalmente, são melhores que você. Tente recapitular com ela os motivos da separação. No meio do papo, afirme que você sempre soube que ela o chifrava. Se ela confirmar e pedir desculpa, diga que você sempre fez o mesmo com ela. E o que é pior, com a melhor amiga dela. Se ela tiver irmã, pode citá-la como partícipe da traição. A mulher vai lhe xingar até perder a voz. Se ela negar tudo o que você cogitou sobre chifres e dizer que tudo aquilo é absurdo, conte a mesma história sobre o que você teria feito com ela e diga que a traiu sem dó. Ainda mais sabendo que ela era fiel. As conseqüências serão drásticas.

Depois disso tudo, pegue seu título de eleitor e vá para sua seção eleitoral. Com tanto sofrimento e ódio acumulado em um dia só, não é possível que você vai insistir e votar novamente nessa corja que sempre votou em toda vida. Se bem que acho que você vai votar de novo sim, afinal de contas, existe gente que sente prazer no sofrimento. E não sei citar sofrimento maior do que quatro anos com político incompetente em cargo público.

Pablo Kossa é jornalista pablokossa@bol.com.br




Música para votar - Plebe Rude - Vote em Branco


Não foi a primeira vez que os americanos quebraram o Mundo

Em 1929, nas vagas da vida fácil e sedutora na capital das artes e das letras, 40 mil americanos estavam vivendo em Paris, aplicando na Bolsa e vivendo como ricos. Um bistrô da Rue de Rennes anunciava um "menu fixo" a 75 cêntimos de dólar e o franco caía ao seu patamar mais baixo: 25,5 francos por dólar.

O milionário Harry Crosby vivia de rendas, com sua mulher Caresse, gastando à "tripa forra". Seu motorista também tinha ações da Exxon e todos viviam a roda da felicidade. Hemingway mudou-se do "Flore", vizinho do "Deux Magots", porque a tietagem começava a "aglomerar". Foi reinar no "Closerie de Lilás", com direito ao garçon Jean, exclusivo de sua mesa. Incomodado com as levas de transatlânticos lotados de americanos, que continuavam a desembarcar na riviera, Scott Fitzgerald escreveu: - A cada nova horda de americanos vomitada pela maré, a qualidade cai.

Nos Estados Unidos, a Bolsa vivia o que Alan Greenspan diagnosticaria, quase 80 anos depois: a "exuberância irracional". Barbeiros e engraxates ouviam de seus clientes as últimas novidades em "papéis" de Wall Street, enquanto os motoristas de táxi espalhavam a última palavra sobre as ações mais quentes: ATT, U.S. Steel e Montgomery Ward, subindo sempre. Todo mundo pegava um "Vale" sobre o salário do mês seguinte para aplicar no negócio certo do dia.

Tal como hoje, o Fed - Banco Central dos EUA - pressionou a rede bancária para "restringir o crédito" aos corretores e desestimular os "empréstimos especulativos". A advertência foi solenemente ignorada.

A terça-feira negra, 22 de outubro de 1929, levou Harry Crosby e o poeta Hart Crane ao suicídio, como tantos milhares de beneficiários da roleta.

A "exuberância" continuou, como sabemos. Bancos financiaram corretores e fundos imobiliários, e todos seduziram compradores de casas e imóveis de luxo, sem a contra-garantia de que podiam pagar. Esses papéis foram negociados nos empréstimos interbancários e demais "derivativos", a juros sempre crescentes, por conta do alto risco.

Até que tudo explodiu. O americano comum vive endividado até o pescoço. Famílias se habituaram a ter "22 cartões de crédito", cujo pagamento mensal obedecia a um "rodízio", como numa churrascaria financeira.

O país tem a descoberto um déficit público superior a um trilhão de dólares. Tradução: "façam o que eu digo (superávit primário) , mas não o que eu faço (déficit crônico).

Que dizer: os americanos se acostumaram a comprar sem dinheiro... E estão nos convocando para pagar mais essa conta.

Como nasceu o SPAM

Eu não sabia mas o termo Spam, usado atualmente para dizer que uma mesma mensagem foi enviada várias vezes sem ter sido solicitada, surgiu por causa de uma esquete do grupo Monty Phyton.
Em inglês Spam é uma abreviação de ’spiced ham’, ou seja, presunto apimentado. Mas entenda agora porque o tal ‘presunto apimentado’ virou sinônimo de “mensagem que enche o saco”.



Clonado do Jacaré Banguela

Liberada filmagem de Faroeste caboclo


Os herdeiros de Renato Russo e a gravadora Edições Musicais Tapajós Ltda., do Rio de Janeiro, chegaram a um acordo que pôs fim à discussão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a adaptação cinematográfica da letra de Faroeste caboclo pela produtora Copacabana Filmes. Como as partes chegaram a um acordo extra-judicial, o STJ arquivou o processo movido pela Edições Musicais Tapajós Ltda.

A gravadora alegava na Justiça ser detentora há 20 anos dos direitos autorais da obra de Renato Russo. Com base neste argumento, a família do compositor não poderia liberar a música para uma adaptação cinematográfica sem antes obter a aprovação da Edições Musicais Tapajós Ltda.

O acordo entre a família de Renato Russo e a Edições Musicais Tapajós foi fechado em abril, segundo informou Bianca De Felippes, produtora de cinema da Gávea Filmes, responsável pela adaptação de Faroeste caboclo. Ela explica que adquiriu os direitos autorais para roteirizar a canção com a família de Renato Russo, uma vez que Faroeste caboclo foi composta somente por Russo, quando ele tinha 18 anos e ainda não havia formado o Legião Urbana.

“A questão dos direitos autorais para a realização do filme já está resolvida há muito tempo. Além de ter comprado da família do compositor o direito para fazer a adaptação, nós também adquirimos o direito de usar a música no filme com a Edições Musicais Tapajós”, relata a produtora, sem entender por que só agora o STJ arquivou o processo.

Filmagem

A produção, que também se chamará Faroeste caboclo, começa a ser filmada em março de 2009. O roteiro é de Paulo Lins (Cidade de Deus) e a direção é de René Sampaio. O filme é uma co-produção entre a Gávea Filmes, a Europa Filmes e a Globo Filmes orçada em R$ 6 milhões. Os testes de elenco começam em setembro. A produção busca atores profissionais pouco conhecidos do grande público para contar a história de João de Santo Cristo, Maria Lúcia, Jeremias e Pablo.

Em Salvador, 60 atores já foram pré-selecionados. Testes também serão feitos em Recife, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. “Mas nosso foco maior é o Nordeste. A maior parte do filme é rodada em externas. Vamos começar a filmar em maio na Bahia e em junho aproveitaremos a temporada seca no Distrito Federal. Os cenários começam a ser construídos em março” adianta Bianca. A produtora disse que “se tudo correr bem”, o filme chega aos cinemas de todo o Brasil no final de 2009.

Homem afirma ser "terceira cabeça" na criação do Google

Dez anos depois da fundação do Google, um homem surge querendo sua parte no império das buscas. Hubert Chang afirma ter criado o mecanismo em conjunto com Larry Page e Sergey Brin, os reconhecidos fundadores da empresa. Chang diz não ter seguido com os dois na companhia para priorizar os estudos, mas agora afirma que a verdade precisa ser conhecida.

Em um vídeo postado no YouTube, que só chamou a atenção nesta semana, Chang conta que conheceu Page e Brin por meio de Rajeev Motwani, um professor da Universidade de Stanford, onde os fundadores do Google estudaram.

O sistema de buscas teria sido desenvolvido em fevereiro de 1997, pelos três estudantes. Só no segundo trimestre de 2008, o Google obteve um lucro líquido de US$ 1,25 bilhão, um crescimento de 35% na comparação com o mesmo período de 2007.

História

Oficialmente, o Google foi fundado em 7 de setembro de 1998, em uma garagem de Menlo Park, já na Califórnia. Page e Brin se conheceram na Universidade de Stanford, em 1995.

No ano seguinte, começam a trabalhar na ferramenta de pesquisa Back-Rub, que procurava analisar links que levavam a determinados sites. Em 1998, compram 1 Tbyte de discos e montam um data center no quarto de Page, para, mais tarde, lançar o Google Inc.

Zombaria no Orkut da prejuízo !!!

A Justiça de Rondônia condenou 19 pais de alunos de uma escola de Cacoal a pagar indenização de R$ 15 mil, no total, por danos morais a um professor da escola particular Daniel Berg. No processo, Juliomar Reis Penna alega que os estudantes criaram uma comunidade virtual no site de relacionamentos Orkut para “satirizar sua imagem perante colegas da escola onde ministra aulas de matemática”.

A decisão da 2ª Vara Cível de Cacoal, assinada em 28 de agosto pelo juiz Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa, afirma que a divulgação de mensagens depreciativas denigre a imagem do professor, identificado por nome.

Na comunidade intitulada “vamos comprar uma calça nova para o leitão”, diz a Justiça, os alunos usaram linguagem chula e de baixo calão, com ameaças de depredação ao patrimônio do professor.

“Incumbe aos pais, por dever legal de vigilância, a responsabilidade pelos ilícitos cometidos por filhos incapazes sob sua guarda”, diz a decisão. No dia 20 de agosto, a Justiça determinou indenização de R$ 20 mil reais aos pais. Eles recorreram da decisão, e o valor a ser pago baixou para R$ 15 mil.

‘Brincadeira’

Na decisão que rebate a contestação dos pais, o juiz afirma que “as condutas ultrapassam, em muito, o que pode ser considerado ‘brincadeira’. Não é a pretexto de brincadeira que se justifica ofender a honra alheia ou se ameaça depredar o patrimônio alheio. Caso não saibam os apelantes, a ‘brincadeira’, quando ocorre, tem o consentimento e a empatia das partes envolvidas, e não foi assim que os fatos se deram”.

Além disso, o texto também diz que “o dever da vigilância é uma incumbência legal dos pais, enquanto responsáveis pelo filhos. Trata-se de um dever legal objetivo do qual não pode o responsável se escusar, com o argumento de ser ‘impossível’ a vigilância dos filhos vinte e quatro horas por dia. Noutras palavras, o argumento trazido pelos apelantes é por demais frágil e não afasta os consectários do descumprimento do dever legal”.

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