Agora, mesmo vendo o seu negócio de US$ 140 mil diários sob fogo das autoridades, os quatro reis da pirataria digital mantêm a ironia: "Estão tentando acabar com a maior distribuição cultural da história." Iniciado o julgamento, o promotor do caso, Håkan Roswall, teve de "deletar" metade das acusações porque não conseguiu provar que os arquivos apresentados como pirateados haviam passado pelo The Pirate Bay. A tarefa do promotor é de fato bastante difícil. Esse programa é um compartilhador, ou seja, ele não armazena informações, apenas distribui arquivos. Não há nada em seus servidores que possa comprometê-lo.
O The Pirate Bay teve seus equipamentos apreendidos pela polícia em 2006, mas prosseguiu operando através de outros servidores. Mais: os seus fundadores até já encaminharam a compra da ilha Sealand, próximo à Inglaterra, com o plano de transformá-la em território livre da pirataria. Agora, enquanto esperam a conclusão do negócio, Sunde, Neij, Warg e Lundström aguardam também o final do processo: se condenados, podem passar dois anos na prisão e terão de pagar multa de até US$ 100 milhões.